Qigong, Tai Chi Chuan e Lian Gong encontram nas publicações científicas recomendações para várias condições clínicas e de saúde, entre elas tratamento das dores crônicas, hipertensão, depressão e diabetes mellitus, e a promoção do equilíbrio, da função física e da diminuição do risco de queda em idosos. 

 

Redação e edição: Katia Machado 

Revisão científica: Ricardo Ghelman, Caio Portella e Gelza Nunes  

Qigong, Tai Chi Chuan e Lian Gong. O que essas práticas corporais da Medicina Tradicional Chinesa (MTC)têm em comum? As duas primeiras são milenares: o Qigong remete à época da Dinastia Han (206 a.C – 220 d.C) e o Tai Chi, 400 anos depois, à Dinastia Tang (618-906 d.C). Já a Liang Gong é do tempo atual, criada em 1974. Mas as três são orientadas pela união e harmonia entre corpo e mente, estão amplamente difundidas mundo afora e encontram indicações nas evidências científicas  para várias condições clínicas.  

O mapeamento sobre a efetividade clínica das práticas corporais da MTC, sob a orientação do Consórcio Acadêmico Brasileiro de Saúde Integrativa (CABSIN) e o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme/Opas/OMS), com apoio do Ministério da Saúde, sistematiza de forma criteriosa este cenário. Com base em 172 artigos de revisão, sendo 160 revisões sistemáticas, o mapa sobre as evidências da efetividade clínica das práticas corporais da MTC realça que o Qigong, o Tai Chi Chuan e o Lian Gong, com expressivo volume de estudos encontrados, contribuem para o alívio da dor, inclusive da dor crônica, para promoção do equilíbrio corporal, com diminuição do risco de queda em idosos, e melhora da qualidade do sono, sendo indicadas também para hipertensão e depressão, controle da diabetes mellitus e, consequente, promoção da qualidade de vida (1).

Segundo a coordenadora deste mapeamento científico, Mariana Cabral Schveitzer, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), as práticas não-farmacológicas da MTC podem ser seguramente usadas, inclusive, para o tratamento e a promoção da saúde mental, o cuidado das doenças crônicas e a reabilitação de pacientes com sequelas de acidente vascular cerebral (AVC). “As práticas corporais chinesas podem ser realizadas em qualquer momento do dia, individualmente ou em grupo, promovidas por equipes de saúde. Essas três práticas, em especial, apresentaram muitos efeitos positivos e potencialmente positivos, especialmente relacionados à vitalidade, à qualidade de vida e ao bem-estar, podendo ser usadas como formas de tratamento de vários males”, realça.  

“Estas práticas propiciam a formação e o fortalecimento de vínculos e a solidariedade entre os praticantes, contribuindo para que os sujeitos se apropriem da sua saúde”, acrescenta a pesquisadora Lissandra Zanovelo Fogaça. Ela reforça que as práticas corporais da MTC contam com poucos eventos adversos relatados na literatura, promovem saúde, qualidade de vida, autoestima, autoconfiança e autocontrole dos participantes. 

 

Benefícios do Qigong e do Tai Chi 

O Mapa de Evidências da Efetividade Clínica das Práticas Mente e Corpo da Medicina Tradicional Chinesa realça o quanto o Qigong é amplamente usado em cuidados preventivos de saúde e na fisioterapia. Do ponto de vista do pensamento ocidental, estas técnicas ativam mecanismos psicofisiológicos e naturais de autorreparo e recuperação da saúde. A prática resulta de milhares de anos de experiências dos chineses no uso da energia corporal para tratar doenças, promover a saúde e a longevidade, melhorar as habilidades de luta, expandir a mente, alcançar diferentes níveis de consciência e desenvolver a espiritualidade (2). 

Igualmente, o Tai Chi proporciona a movimentação da energia e estimula a consciência corporal, a concentração e a tranquilidade, promovendo benefícios tanto para o âmbito físico quanto à mente. Esta prática nasce como arte marcial, mas torna-se mais conhecida, especialmente no ocidente, como forma de meditação e de atividade física, face aos movimentos que lhe dão base, realizados lenta e silenciosamente (3). 

De acordo com a professora Mariana, o Qigong e o Tai Chi apresentam insignificantes eventos adversos para os praticantes, mostrando-se eficazes sobre a saúde de pacientes oncológicos. O mapeamento aponta que as duas práticas impactam positivamente, no que tange à oncologia integrativa, sobre os seguintes desfechos clínicos: náusea e vômito na quimioterapia; sintomas gerais do câncer; qualidade de vida em pacientes oncológicos; câncer de mama; e fadiga na quimioterapia.  

Revisão sistemática, publicada em janeiro de 2021, destaca muitos outros desfechos, incluindo a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), a fibromialgia, a hipertensão, a artrite reumatoide, a osteopenia, a osteoporose, a Doença de Parkinson, a osteoartrose, o diabetes e a obesidade (2). As pesquisadoras deste levantamento científico encontraram, também, estudos para outros desfechos relacionados a dores lombares, musculares, articulares, cervicais e outras dores, como a cefaleia. 

Quanto à dimensão da vitalidade, do bem-estar e da qualidade de vida, o mapa confirma que as práticas corporais da MTC agem positivamente sobre a agilidade, a mobilidade, o equilíbrio corporal, o estresse, a execução das atividades diárias, a redução da fadiga, a força muscular, as funções física e social, o humor, a qualidade de vida, a qualidade do sono, o relaxamento e o risco de queda. 

“Há com estas práticas uma promoção do autocuidado, que gera sensação de bem estar, melhora da marcha, confiança no próprio equilíbrio, maior capacidade aeróbica no exercício, maior controle postural, promoção do alongamento e da flexibilidade e redução da rigidez articular”, complementam Mariana e Lissandra. 

No que tange à dimensão da saúde mental, o mapeamento indica que as práticas corporais da MTC promovem efeitos positivos para os transtornos de ansiedade e depressão, maior desempenho cognitivo e o bem-estar psicológico. 

 

Foco no Tai Chi Chuan 

Na revisão da literatura sobre os benefícios do Tai Chi para 25 condições específicas, a Academia de Médicos de Clínica Geral Canadense relata que, durante os últimos 45 anos, mais de 500 ensaios e 120 revisões sistemáticas foram publicados sobre os benefícios da prática para a saúde. As pesquisas sobre a prática para condições específicas indicam excelentes evidências de benefício para prevenir quedas, melhorar a capacidade cognitiva idosos, demência e para a osteoartrite, a Doença de Parkinson e o DPOC.  

Diversas revisões sistemáticas dos benefícios gerais de saúde e condicionamento físico comprovam que a prática do Tai Chi contribui também para a melhora da qualidade do sono, sem que seja dispensado o acompanhamento médico para quaisquer condições clínicas (3, 4, 5, 6, 7). 

Tais resultados encontram explicação no fato de o Tai Chi compreender exercícios que melhoram a força muscular das pernas e o equilíbrio, com atividades progressivamente mais difíceis e ao mesmo tempo seguras. A prática se baseia nos recursos do mindulfness, ou seja, da consciência plena do momento atual, concentrando-se na posição, nos movimentos e nas sensações do corpo, nas imagens, que são usadas como uma estratégia de aprendizagem, bem como nos movimentos de alinhamento estrutural, que são biomecanicamente eficientes, exigindo o mínimo de esforço. Além desses recursos, lança mão da flexibilidade e do relaxamento, através de movimentos circulares e fluidos, que fornecem alongamento dinâmico e ajudam a mudar o corpo e a mente para um estado de relaxamento mais profundo, empregando força e equilíbrio, ensinando a colocar o peso em um pé de cada vez, em uma posição ligeiramente flexionada, para proporcionar maior força nas extremidades inferiores e equilíbrio. 

Revisão da literatura científica realizada pela British Medical Journal (BMJ) investiga o impacto do treinamento de Tai Chi, tendo como método de avaliação testes comumente usados em condicionamento físico relacionados a esportes competitivos, e aponta que o Tai Chi promoveu melhorias significativas na força de preensão manual, na distância percorrida durante seis minutos, no tempo de pé em apoio unipodal, com os olhos abertos, e na flexibilidade da coluna torácico lombar (8).  

A prática tem sido associada a melhorias multifacetadas no condicionamento físico relacionado à saúde. Os resultados da avaliação com metodologia quantitativa de alta qualidade do Tai Chi mostraram que a atividade é segura para pacientes com Doença de Parkinson, pode resultar em ganhos na função motora geral e melhorar a bradicinesia (lentidão dos movimentos voluntários) e o equilíbrio (9). 

Segundo a publicação do The New England Journal of Medicine, as práticas corporais da MTC, como o Tai Chi, estão entre os principais tratamentos para a osteoartrite, uma vez que são benéficas no tratamento da instabilidade funcional ou para lidar com o maior risco de queda. A publicação relata que, em estudo randomizado, comparando o Tai Chi com a fisioterapia, a prática da MTC levou a melhorias semelhantes às observadas com a fisioterapia e maiores efeitos positivos na depressão e no componente físico da qualidade de vida (10).  

Um estudo com metodologia rígida de evidência, publicada no Journal of the American Medical Association (JAMA), relata que as melhorias nos parâmetros objetivos do sono são semelhantes entre os grupos de Tai Chi e de exercícios usuais aeróbicos, revelando que a prática pode ser usada para controlar a insônia. Considerando a ausência de efeitos adversos do Tai Chi, a prática é indicada a indivíduos que têm como recomendação clínica exercícios sem impacto (11). Na mesma direção, o estudo da BMJ destaca que o Tai Chi se mostrou igualmente ou mais benéfico que os exercícios aeróbicos em caso de pessoas com fibromialgia, promovendo redução da dor, melhoria da função física, da fadiga, da depressão, da ansiedade e do bem-estar (12). 

Lian Gong, a moderna prática da milenar medicina chinesa  

A Lian Gong é caracterizada como um dos primeiros sistemas de prática corporal oriental que integra a tradição milenar das artes marciais chinesas aos modernos conhecimentos da medicina ocidental. Ela é criada em 1974, pelo médico ortopedista chinês Zhuang Yuan Ming, para prevenir e tratar as dores no corpo e restaurar a sua movimentação natural. É introduzida no Brasil em 1987, por Maria Lúcia Lee, professora de filosofia e artes corporais chinesas.  

Fundamentada nos mesmos conceitos básicos da MTC, que pautam a massagem Tui Na, a acupuntura, a fitoterapia chinesa e, também, o Qigong, o Lian Gong está dividido em três grupos: a primeira sequência é conhecida como “18 Terapias Anteriores”, dividida em três séries; a segunda sequência é conhecida como “18 Terapias Posteriores”, dividida também em três séries; e a terceira sequência é conhecida como “I Qi Gong”, planejada para fortalecer as funções do coração-pulmão e prevenir e tratar infecções das vias respiratórias. “O doutor Zhuang juntou as artes marciais e as terapias, adaptando os exercícios à anatomia da população ocidental. Ele desenvolve a técnica motivado pelos casos de dores que atendia em sua clínica, para que a própria pessoa pudesse praticar com autonomia a atividade e manter os resultados da terapia”, detalha Luzia Toyoko Hanashiro e Silva, referência técnica e coordenadora do Programa Lian Gong em 18 Terapias, na Gerência de Promoção da Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (MG).  

Luzia conta que o Programa Lian Gong em 18 Terapias iniciou na capital mineira em 2007, visando à oferta da prática na Atenção Primária à Saúde (APS). “Capacitamos vários trabalhadores de lá para cá, cerca de 500 profissionais da APS. Hoje, na ativa, temos 234 instrutores, em 202 espaços, dos quais 134 são centros de saúde, 11 parques e 8 praças”, esclarece a coordenadora (os números são de fevereiro de 2020, antes do início da pandemia da Covid-19), informando que o interesse maior pela formação em Lian Gong são dos profissionais da enfermagem e da fisioterapia. 

A formação, até a pandemia, era realizada presencialmente, por meio de um convênio da Prefeitura de Belo Horizonte com o Instituto Mineiro de Tai Chi e Cultura Oriental, que desde 1984 dedica-se aos treinamentos das práticas corporais da MTC. O treinamento de instrutores em Lian Gong dura, em média, cinco a seis meses. O curso tem um total de cem horas de aulas, distribuídas em quatro horas semanais. Luzia conta que, além desta formação, a prefeitura oferece aos profissionais formados um curso de manutenção da prática Lian Gong. “Este é contínuo, focado na revisão dos padrões das técnicas”, explica.  

No SUS de Belo Horizonte, a prática é oferecida aos usuários das unidades de saúde e à comunidade do entorno. De acordo com Luzia, as pessoas tomam conhecimento do Lian Gong através de amigos e familiares ou quando são encaminhadas pelo profissional da unidade de saúde. Mas são os resultados positivos conferidos que têm atraído a população. Entre os resultados já identificados pelo Programa Lian Gong em 18 Terapias destacam-se a diminuição ou resolução das dores, a melhora do sono, da mobilidade, a redução do uso de medicamentos, como analgésicos, anti-inflamatórios e para ansiedade e insônia, e a promoção de maior socialização. “Você percebe esses resultados nas conversas dos grupos de Lian Gong. Os praticantes tornam-se mais positivos e dispostos, queixam-se menos, passam a ter novas percepções e relatam melhora das dores”, confirma a coordenadora.  

 

Experiência exitosa 

O Lian Gong e o Tai Chi Pai Lin (conjunto de práticas de origem taoísta, introduzidas no Brasil pelo mestre Liu Pai Lin) foram as primeiras práticas integrativas e complementares em saúde lançadas no SUS do município de São Paulo. O médico sanitarista Emílio Telesi Júnior, coordenador da Área Técnica das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (SMS-SP), conta que as práticas corporais da MTC e algumas modalidades de meditação, também de origem chinesa, ganharam expressão, em São Paulo, no ano de 2001, quando foram oficialmente lançadas na rede de saúde. “Havia na SMS um grupo de sanitaristas, composto por médicos e outras categorias profissionais, com formação prévia em algumas modalidades oriundas do oriente, tais como Acupuntura, Tai Chi Pai Lin, Lian Gong e Meditação”, recorda. 

Atualmente, as práticas do Lian Gong e do Tai Chi Pai Lin são ofertadas junto a outras modalidades integrativas, como Homeopatia, Lien Chi, Dança Circular, Medicina Antroposófica, Capoeira, Yoga e Xiang Gong. A formação dos instrutores das práticas corporais da MTC é realizada por meio de cursos presenciais de 40 horas, que duram, em média, de dois a três meses. “Abrimos, normalmente, 25 vagas para trabalhadores da rede de saúde e cinco vagas para a comunidade. As aulas são realizadas uma vez por semana”, detalha. 

Além do curso de formação de instrutores nas práticas corporais da MTC, a Prefeitura de São Paulo oferta os cursos de supervisão e aprimoramento de instrutores. Este acontece ao longo de um ano, através de dez encontros mensais, totalizando 40 horas de aula. O curso, de acordo com Telesi Júnior, nunca é feito em um só polo de São Paulo, buscando abarcar um universo maior de profissionais do SUS. “A cidade de São Paulo é dividida em seis grandes regiões de saúde. O curso acontece em três ou quatro regiões”, revela.  

Ele informa que a cidade conta com 500 unidades de saúde, de diferentes tipos, que oferecem práticas integrativas e complementares em saúde. Desse grande universo, destacam-se os grupos das práticas corporais – alguns maiores, com cerca de 50 pessoas, e outros menores, com 15 a 20 pessoas –, dos quais participam com maior expressão as mulheres usuárias do SUS.

“De dez pessoas, nove são mulheres. Essas mulheres se identificam, estabelecem novas amizades, praticam exercícios, percebem melhorias nas dores do corpo e ganham mais confiança”, relata Telesi Júnior, reforçando resultados apontados pelas pesquisas científicas. 

 

Referências: 

  1. Mapa de Evidências Efetividade Clínica das Práticas Mente e Corpo da Medicina Tradicional Chinesa.
  2. KamieniarzA, Milert A, Grzybowska-Ganszczyk D, Opara J, Juras G. Tai Chi and Qi Gong therapies as a complementary treatment in Parkinson’s disease–a systematic review. Complementary Therapies in Medicine. 2021 Jan 1;56:102589.
  3. Huston, P., &McFarlane, B. (2016). Healthbenefits of tai chi: What is the evidence? Canadian Family Physician 2016;62(11):881-890.
  4. LomasVegaR, ObreroGaitán E, MolinaOrtega FJ, DelPinoCasado R. Tai Chi for risk of falls. A metaanalysis. Journal of the American Geriatrics Society 2017;65(9):2037-2043.
  5. Huang ZG,FengYH, Li YH,  Lv CS. (2017). Systematic review and meta-analysis: Tai Chi for preventing falls in older adults. BMJ open 2017;7(2).
  6. Li F,HarmerP, Eckstrom E, Fitzgerald K, Chou  S, Liu Y. Effectiveness of Tai Ji Quan vs multimodal and stretching exercise interventions for reducing injurious falls in older adults at high risk of falling: follow-up analysis of a randomized clinical trial. JAMA network open 2019;2(2):e188280-e188280. 
  7. GanzDA, Latham NK. Prevention of falls in community-dwelling older adults. New England journal of medicine. 2020 Feb 20;382(8):734-43. 
  8. WehnerC, Blank C, Arvandi M, Wehner C, Schobersberger W. Effect of Tai Chi on muscle strength, physical endurance, postural balance and flexibility: a systematic review and meta-analysis. BMJ open sport & exercise medicine. 2021 Feb 1;7(1):e000817.
  9. UritsI, Schwartz RH, Orhurhu V, Maganty NV, Reilly BT, Patel PM, Wie C, Kaye AD, Mancuso KF, Kaye AJ, Viswanath O. A comprehensive review of alternative therapies for the management of chronic pain patients: acupuncture, tai chi, osteopathic manipulative medicine, and chiropractic care. Advances in Therapy. 2020 Nov 12:1-4.
  10. Sharma L.Osteoarthritisof the Knee. New England Journal of Medicine. 2021 Jan 7;384(1):51-9.
  11. SiuPM, Angus PY, Tam BT, Chin EC, Doris SY, Chung K F, Irwin MR. Effects of Tai Chi or Exercise on Sleep in Older Adults With Insomnia: A Randomized Clinical Trial. JAMA network open 2021;4(2):e2037199-e2037199.
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