Este recurso terapêutico integrativo e complementar existe há mais de quatro mil anos, remontando a antigas civilizações, e chega no mundo Ocidental através dos estudos de médicos europeus, que comprovaram os diversos benefícios oferecidos pela reflexologia podal

Redação e edição: Katia Machado

Revisão científica: Ricardo Ghelman, Gelza Matos Nunes e Caio Portella

A técnica existe há pelo menos 2.500 AC, demonstrado pelos egípcios em pinturas arqueológicas. Acredita-se que a reflexologia tenha sido compreendida, mais tarde, pelos budistas indianos, que teriam levado esse conhecimento para a China, onde a técnica milenar é aplicada até os dias de hoje. Escrituras antigas de origem chinesa detalharam os conhecimentos sobre este antigo método em relação aos pontos de reflexão encontrados em partes do corpo.

No mundo ocidental, a técnica tornou-se conhecida através dos estudos de alguns médicos europeus, que comprovaram os diversos benefícios oferecidos pela reflexologia podal, como Paul Nogier, Adamus, A’tatis, Willian Fitzgerald, Joseph S. Riley e Eunice Inghan. Os médicos Adamus e A’tatis, por exemplo, escreveram um livro sobre a Terapia por Zonas. O médico francês P. Nogier, por sua vez, se aprofundou na arte da reflexologia auricular, que trata da pressão em pontos relacionados na orelha. Já o alemão Willian Fitzgerald tratou da reflexologia podal. O médico e seus colegas desenvolveram um livro com ilustrações dos pontos da reflexologia podal no ano de 1917. 

O médico Joseph S. Riley, que trabalhou com Fitzgerald, também desenvolveu os diagramas detalhados sobre pontos reflexos localizados nas plantas dos pés. Já Eunice Inghan, que atuou como assistente de Riley, dedicou 40 anos ao estudo da reflexologia podal. Ela utilizou seus conhecimentos sobre a técnica em seus pacientes, desenvolvendo o método “Inghan de massagem de compressão”, e escreveu dois livros sobre o assunto: “A história que os pés podem contar”; e “A história que os pés têm contado”.

Outro ícone da reflexologia podal, o médico canadense Sir William Osler teria afirmado que “quando os nervos dos olhos e dos pés forem corretamente entendidos, haverá menos necessidade de intervenções cirúrgicas”.

Vale destacar que as principais áreas reflexas trabalhadas são: as mãos (reflexo palmar); os pés (reflexo podal); as orelhas (reflexo auricular); a coluna (reflexo vertebral); a face (reflexo facial); e o crânio (reflexo cranial); e, separadamente, reflexos da boca, dentes e nariz. 

A técnica das percussões da coluna vertebral consiste em efetuar suaves golpes (percussões) com o dedo médio fletido, atingindo áreas sobre a apófise espinal de vértebras escolhidas (e/ou nas regiões inter e paravertebrais) com a polpa do dedo médio. Os pontos nos pés, por sua vez, refletem a situação da saúde do corpo humano por inteiro. Por isto, estimulam-se estas áreas para aliviar dores, distúrbios orgânicos, emocionais (leves) e de várias partes do corpo, gerando, assim, um grande equilíbrio corporal, da maneira mais simples possível.

O mesmo princípio se aplica às mãos. Nas mãos e nos pés, a região mais próxima à ponta dos dedos corresponderia à cabeça e a região mais próxima ao pulso e ao tornozelo à região do quadril. A reflexologia na orelha (ou auriculoterapia), cujos fundamentos residem na Medicina Tradicional Chinesa, consiste em massagear suavemente toda a região ou pressionar lentamente cada ponto auricular, sem apertar.