Estudos científicos elucidam como a Reflexologia, prática que remonta à Antiguidade, auxilia no tratamento de condições da saúde mental prevalentes, a exemplo da insônia e do estresse, além de problemas de dores, asma, hipertensão arterial e enxaqueca.

Redação e edição: Katia Machado

Revisão científica: Ricardo Ghelman, Gelza Matos Nunes e Caio Portella

Reflexologia, trata-se de um recurso terapêutico milenar oriental, que remonta à Antiguidade, em especial às civilizações indiana, chinesa e egípcia (leia matéria “A reflexologia desde a Antiguidade”), por meio da qual o profissional pressiona, de forma controlada, pontos na pele que contém terminações nervosas conectadas a vários órgãos do corpo. Ao estimular essas terminações, há o favorecimento do processo salutogenético (ou seja, das razões que levam alguém a estar saudável), além de levar especificamente ao aumento da produção de óxido nítrico, como propriedades vasodilatadoras e analgésicas.  

De acordo com o Glossário Temático das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde do Ministério da Saúde, a reflexologia é uma prática terapêutica que utiliza os microssistemas e pontos reflexos do corpo, existentes, especialmente, nos pés, bem como nas mãos e orelhas, destinada a auxiliar na eliminação de toxinas, na sedação da dor e no relaxamento. Ainda que não tenha o objetivo de diagnosticar doenças, tampouco substituir um tratamento médico, a prática possibilita identificar e tratar muitas vezes um processo precoce de doença clínica de um órgão a distância, cuja projeção ocorre por somatotopia, seja nos pés, mãos ou coluna vertebral. A somatotopia significa que uma região específica corporal reflete e representa a distância do corpo como um todo, como se fosse um microssistema.

Este recurso terapêutico, que passou a integrar há quase cinco anos a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC), conforme a Portaria Ministerial 849, de 27 de março de 2017, por não ser invasiva e apresentar raras contraindicações, é bastante utilizado para prevenir e tratar doenças e outras condições de saúde mental, como insônia e estresse, assim como problemas de circulação sanguínea, hormonais, labirintite, cálculo renal, asma, hipertensão, enxaqueca, dores na coluna e sinusite.

“A técnica é originalmente aplicada nos pés, mas usada, também, nas mãos, coluna e rosto. Sua grande vantagem é o autocuidado seguro, ampliando o universo de possibilidades de tratamento, fortalecendo o nosso organismo e desbloqueando as tensões”, garante o médico do SUS e gerente do Centro de Referência em Práticas Integrativas em Saúde do Distrito Federal (Cerpis-DF), Marcos Freire.

“A reflexologia visa melhorar a qualidade de vida das pessoas”, confirma José Paulo Santos, instrutor de PICS na Unidade de Medicina Tradicional (UMT) da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.

Isso porque a manipulação das projeções reflexas na região dos pés, por exemplo, pode promover vitalidade, bem-estar e saúde. “Através da reflexologia podal, das correspondências anatômicas na planta do pé, identificamos, por vezes, o adoecimento precoce do fígado, por exemplo. Entre o calcanhar e os dedos do pé, existem diversos pontos ligados aos órgãos do sistema músculo-esquelético e até do sistema nervoso, de forma ordenada”, elucida Freire. “É uma prática que não implica tecnologias complexas. Pelo contrário, ela cuida da pessoa em sua integralidade corporal, mental e espiritual, com simplicidade”, complementa o médico. 

À luz dos estudos científicos

Os benefícios promovidos pela reflexologia, conhecidos por antigas civilizações, são elucidados por vários estudos científicos. Uma das mais recentes investigações sobre esta prática, o Mapa de Evidências da Efetividade Clínica da Reflexologia, coordenado pela professora e doutora Mariana Cabral Schveitzer, a mestre Erika Cardozo Pereira e o enfermeiro Diogo Silva Martins, no contexto de um projeto de sistematização das evidências científicas em Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas (MTCI) desenvolvido pelo Consórcio Acadêmico Brasileiro de Saúde Integrativa (CABSIN) e o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde da Organização Pan-Americana da Saúde (Bireme/OPAS/OMS), com o apoio da Coordenação Nacional de Práticas Integrativas e Complementares de Saúde do Ministério da Saúde, descreve os diferentes resultados de saúde estimulados pela prática da reflexologia, a partir de revisões sistemáticas de estudos clínicos, identificados em uma população muito heterogênea, de pacientes com câncer a mulheres na menopausa. “Estudos de alta qualidade apresentaram efeitos positivos e mistos da reflexologia, relacionados ao alívio da dor, à ansiedade, ao câncer de mama e ao câncer de pulmão”, sublinha Schveitzer

O mapeamento apresenta dados muito relevantes para pesquisadores, gestores e profissionais da saúde, contribuindo para a tomada de decisões e a escolha das boas práticas de saúde. Na maioria das revisões analisadas, foram identificados os efeitos positivos para várias condições de saúde, incluindo os relacionados à qualidade do sono e bem-estar em pacientes após cirurgia ginecológica, por exemplo. 

Os benefícios de saúde promovidos pela prática são diversos, entre eles: alívio da dor articular, controle da pressão arterial, equilíbrio da frequência cardíaca e  respiratória, redução de edema, hemoglobina glicada, insônia e fadiga, promoção de relaxamento, melhora da função física e da mobilidade. “Esses desfechos merecem mais pesquisas e podem ajudar a orientar os pedidos de financiamento de diferentes instituições”, orienta Schveitzer, sugerindo também direcionar os conhecimentos gerados pelo mapeamento como forma de fomentar o uso da reflexologia baseado em evidências.

Sobre o Mapa da Reflexologia

O Mapa de Evidências da Reflexologia compreende 18 revisões sistemáticas, publicadas nos últimos dez anos, sendo a reflexologia podal a intervenção mais pesquisada entre as modalidades. A análise foi feita segundo os efeitos físicos e metabólicos, a vitalidade, o bem-estar e a qualidade de vida e a saúde mental dos indivíduos.

Quanto aos efeitos físicos e metabólicos positivos, a reflexologia mostrou-se benéfica no alívio da lombalgia e dor pós-operatória, na redução do colesterol, dos triglicerídeos e da pressão arterial, da náusea e vômito, no aumento da Lipoproteína de Alta Densidade (HDL), no tratamento da incontinência urinária, no controle da frequência urinária, da síndrome pré-menstrual e dos cânceres de mama e pulmão (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10)

A reflexologia apresentou ainda um efeito potencialmente positivo para o tratamento da diabetes mellitus (2). Algumas revisões sistemáticas mostraram desfechos positivos no metabolismo dos carboidratos, avaliado pela hemoglobina glicada (4, 8, 11, 12, 13, 14, 15, 16). A intervenção não teve efeito nos resultados na síndrome do intestino irritável, em sintomas climatéricos, na constipação intestinal, diarréia, insuficiência cardíaca congestiva e fertilidade (1, 4, 8, 10, 17)

Quanto à vitalidade, ao bem-estar e à qualidade de vida, o Mapa identifica efeitos positivos da reflexologia para redução da fadiga relacionada ao câncer, qualidade de vida em hipertensos, portadores de artrite reumatóide e pessoas sem patologias. A reflexologia apresentou efeito positivo na qualidade do sono, nos transtornos de humor e no estresse, induzindo ao relaxamento e à sensação de bem-estar (2, 3, 4, 5, 8, 11, 13). A reflexologia não apresentou nenhum efeito na força muscular de pacientes com esclerose múltipla e na qualidade de vida de mulheres na menopausa (1, 8, 10)

Quanto à saúde mental, o mapeamento revela impactos positivos sobre pacientes com transtornos de ansiedade, depressão e insônia (2, 3, 7, 8, 13, 18). Um amplo estudo que envolveu 26 ensaios clínicos randomizados, incluindo 2.366 participantes, mostrou que a intervenção da reflexologia podal melhorou significativamente a depressão em adultos, ansiedade e qualidade do sono em adultos (26). Um outro ensaio clínico observou que a reflexologia podal contribuiu para o tratamento da ansiedade provocada pela dor em pacientes com queimadura e pacientes com artrite reumatoide (19). A técnica aplicada nos pés mostrou-se também eficaz na redução da dor de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca (20) e, em uma revisão sistemática que analisou 42 artigos, na melhoria dos distúrbios do sono (21). Pacientes com linfoma submetidos à reflexologia podal por cinco dias, segundo estudo de 2019, apresentaram uma redução significativa na dor e melhoria quanto à qualidade do sono após a intervenção, além da redução da fadiga (22). As mulheres em trabalho de parto normal e mulheres pré-cesarianas também apresentaram redução de ansiedade com a reflexologia (27, 28), o que evidencia que esta técnica aponta caminhos de tratamento de estresse na saúde materna. 

Os idosos foram outro grupo que apresentou redução da ansiedade e da depressão com a reflexologia, segundo investigação científica (29). Vale ainda destacar que a reflexologia mostra-se igualmente eficaz na infância. A prática, analisada em um contexto de enfermagem obstetrícia e fisioterapia, ajudou na redução da espasticidade e melhorou habilidades motoras em crianças com paralisia cerebral (23). Outros estudos mostram a efetividade da reflexologia podal na melhoria dos sintomas relacionados à constipação em adultos e grávidas (24, 25). Santos garante que a reflexologia serve a todos, da criança ao idoso,  “impactando positivamente também o sistema de saúde, uma vez que se trata de prática de baixo custo, com implicações na qualidade de vida do usuário”. 

Exemplo inspirador do SUS

Em face de sua inserção, em 2017, na PNPIC a reflexologia tornou-se presente em vários serviços de saúde do SUS. No Ambulatório de Práticas Integrativas e Complementares Magalhães Neto, do Complexo Hospitalar Professor Edgar Santos, conhecido como Hospital das Clínicas da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a prática é ofertada por uma equipe de terapeutas. A enfermeira intensivista e do trabalho, Virgínia Rosa, profissional  que emprega as PICS de forma multimodal com reflexologia podal, aromaterapia, massagem corporal e imposição das mãos, conta que o ambulatório faz parte de uma unidade hospitalar e ambulatorial voltada ao ensino, de grande porte, referência em média e alta complexidade no estado e integrante do Sistema Único de Saúde (SUS). “A prática da reflexologia podal no Ambulatório Magalhães Neto estimulou a formação de vários profissionais. Hoje, eu oriento profissionais na Escola de Enfermagem, na disciplina ‘Cuidado transdisciplinar do corpo com consciência’, e percebo que vários profissionais que concluem o curso desejam fazer a formação em reflexoterapia”, realça. 

De acordo com a enfermeira do SUS da Bahia, o trabalho do Magalhães Neto inspirou outros serviços, como o Ambulatório de Práticas Integrativas e Complementares do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), criado em 2015.

“Nós aplicamos hoje em dia a reflexologia podal em pacientes diabéticos, observando muitas melhorias”, garante Rosa.

Segundo artigo publicado por Maria del Pilar Ogando Dacal e Irani Santos Silva, intitulado “Impactos das práticas integrativas e complementares na saúde de pacientes crônicos”, com foco no reiki e na reflexologia podal para a saúde de pacientes crônicos atendidos no Cedeba, foram observados impactos aparentes das terapias complementares no alívio de sintomas psicológicos e físicos, tais como ansiedade, estresse e dores . Em 2018, o Cedeba contava com 396 pacientes cadastrados, tendo realizado 1.760 atendimentos: Reiki (925), Reflexologia podal (681), cromoterapia (26), cura prânica (19), massoterapia (60) e frequência do brilho (36). 

Segundo a tese de doutorado de Bárbara Maria Dultra Pereira, apresentada em 2017, sob o título “Mãos que se abraçam: afetividade, cuidado e as práticas integrativas complementares”, no Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgar Santos da UFBA, as PICS estreitam o vínculo entre profissionais de saúde e assistidos, como consequência da afetividade e do cuidado no acolhimento amoroso dos profissionais e da política humanizada implantada no Ambulatório, creditando valor a pequenos gestos como sorriso, toque, abraço, olhar nos olhos, uso de óleo nos pés, escuta sensível, confiança, esperança e sensibilidade. 

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