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Conceito Comitê de Antroposofia Aplicada à Saúde

Comitê de Antroposofia Aplicada à Saúde: conceito

A medicina antroposófica ou, mais apropriadamente, a antroposofia aplicada à saúde – terminologia usada pelo Ministério da Saúde do Brasil – é uma ciência médica que se baseia nos conceitos fundamentados pela antroposofia sobre o ser humano, a natureza e o universo.

Não se trata de um sistema alternativo, tampouco há oposição aos conceitos da ciência médica convencional ocidental (biomedicina). Ao contrário, esses conceitos são assumidos e aprofundados (ou ampliados) através da compreensão própria da antroposofia. 

Tal ampliação se refere ao desenvolvimento do pensamento, o qual, partindo do lógico, objetivo e sensível, pode alcançar a essência arquetípica dos processos naturais. (1) Seus fundamentos estão na obra do filósofo Rudolf Steiner e em seu trabalho conjunto com a médica Ita Wegman. (2)

Além da visão peculiar do ser humano, da natureza e do universo, a antroposofia pode fornecer um caminho de autodesenvolvimento individual, o que com frequência denomina-se caminho interior do médico ou do terapeuta.

A medicina antroposófica foi institucionalizada no Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC) por meio da Portaria Ministerial nº 1600/2006.” O Ministério da Saúde do Brasil assim a definiu:

“A medicina antroposófica apresenta-se como uma abordagem médico-terapêutica complementar, de base vitalista, cujo modelo de atenção está organizado de maneira transdisciplinar, buscando a integralidade do cuidado em saúde. Entre os recursos terapêuticos da medicina antroposófica, destacam-se: a utilização de medicamentos naturais (fitoterápicos ou dinamizados), aplicações externas (banhos e compressas), massagens, movimentos rítmicos, terapia artística. […] Utilizam-se recursos que estimulam os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade.” (3) (4)

Recentemente surgiu o conceito de racionalidade médica que, segundo Luz e Afonso (5), é todo sistema médico complexo constituído racional e empiricamente em seis dimensões: morfologia humana (formada pela anatomia, embriologia e histologia), dinâmica vital (fisiologia), doutrina médica (o conjunto de concepções e proposições de cada sistema que definem saúde e doença, o que é curável ou tratável), sistema diagnóstico e sistema terapêutico.

A morfologia humana, de acordo com a antroposofia, abrange a chamada estrutura quaternária do ser humano ou quadrimembração.

Esta define que o ser humano é composto 

  • pela organização física (compreendida da mesma forma que a ciência médica convencional a compreende);
  •  pela organização vital – ou conjunto de forças formativas ou ainda corpo etérico, responsável pelo crescimento e anabolismo, que interage com a organização física, produzindo e mantendo a forma viva (como nas plantas);
  • pela organização anímica – ou corpo astral, responsável pelas forças de desgaste e catabolismo que interagem com a organização vital e física, criando consciência externa, sensibilidade (dentro das polaridades de simpatia e antipatia) e vida de relação (como nos animais); 
  • e, finalmente, pela organização do eu – que interage com as outras três organizações citadas para expressão da individualidade, cria habilidades exclusivas do ser humano (andar ereto, falar e pensar), possibilitando a autoconsciência e capacidade de mudar o próprio destino. (6)

Na dinâmica vital, mas também como parte da morfologia humana, a antroposofia caracteriza a estrutura ternária do ser humano ou trimembração. De acordo com esta visão, o ser humano é formado pelo sistema neurossensorial (sistema nervoso e órgãos dos sentidos – bases para o pensamento), sistema rítmico (circulação e respiração – bases para o sentimento) e sistema metabólico-locomotor (metabolismo e aparelho locomotor – bases para a vontade e a ação). (7) (8)

Ainda dentro dos conceitos antroposóficos da dinâmica vital, considera-se que a vida ocorre em sete níveis biológicos: vida dos sentidos, dos nervos, da respiração, da circulação, do metabolismo, do aparelho locomotor e da reprodução. (9) 

Também são caracterizados sete processos vitais (respiração, aquecimento, nutrição, secreção, manutenção, crescimento e geração) e doze sentidos (tato, sentido vital, sentido do movimento, sentido do equilíbrio, olfato, paladar, visão, sentido térmico, audição, sentido da palavra, sentido do pensamento e sentido do ‘eu’ do outro). (10)

Os fundamentos da medicina antroposófica definem saúde como a harmonia rítmica entre os elementos constitutivos do ser humano. (11) (12) A doença é um processo fisiológico deslocado no tempo, no espaço ou em intensidade e se caracteriza como predomínio de uma tendência: neurossensorial ou metabólico-motora. 

Na visão antroposófica, doença não é o contrário de saúde. Os obstáculos na vida, inclusive as enfermidades, são vistos como úteis à individualidade em desenvolvimento.[6] Dessa forma, não se fala em ‘combater’ a doença, mas sim em superá-la. Supõe-se que o processo da enfermidade traga como consequência um aprendizado ao indivíduo.

O sistema diagnóstico da antroposofia como racionalidade médica leva em consideração os mesmos itens da medicina convencional (anamnese, exame físico, exames complementares) acrescidos dos diagnósticos da estrutura quaternária e ternária, do temperamento do paciente (que mostra sua maneira de reagir e suas tendências a adoecimento) e de uma análise de sua biografia, trazendo os acontecimentos mais importantes dos diversos setênios com seus arquétipos, para situar o surgimento da doença em uma determinada fase da vida. 

Através da caracterização de sete arquétipos, também se pode estabelecer o diagnóstico da tipologia predominante da pessoa e do processo patológico pelo qual eventualmente ela passa.

O sistema terapêutico da antroposofia aplicada à saúde determina que o fundamento de todo ato de curar não segue a ideia de uma reparação, mas a do desenvolvimento.[6] Os princípios norteadores do cuidado antroposófico são: reconhecer a autonomia e a dignidade do paciente. 

A autorresponsabilidade é incluída e os objetivos terapêuticos passam por estimular diferentes formas de autocura — estimular a higiogênese (criar uma regulação autonômica coerente do organismo) (13) e salutogênese (criar uma autorregulação psicoemocional e espiritual coerentes) (14). 

Os tratamentos não pretendem apenas restaurar uma condição de saúde anterior, uma “restituição ad integrum”, mas estimular um novo nível de equilíbrio do organismo e a força interior do indivíduo. (6)

Como recursos terapêuticos, dispõem-se de:

Esta define que o ser humano é composto 

  • pela organização física (compreendida da mesma forma que a ciência médica convencional a compreende);
  •  pela organização vital – ou conjunto de forças formativas ou ainda corpo etérico, responsável pelo crescimento e anabolismo, que interage com a organização física, produzindo e mantendo a forma viva (como nas plantas);
  • pela organização anímica – ou corpo astral, responsável pelas forças de desgaste e catabolismo que interagem com a organização vital e física, criando consciência externa, sensibilidade (dentro das polaridades de simpatia e antipatia) e vida de relação (como nos animais); 
  • e, finalmente, pela organização do eu – que interage com as outras três organizações citadas para expressão da individualidade, cria habilidades exclusivas do ser humano (andar ereto, falar e pensar), possibilitando a autoconsciência e capacidade de mudar o próprio destino. (6)

Na dinâmica vital, mas também como parte da morfologia humana, a antroposofia caracteriza a estrutura ternária do ser humano ou trimembração. De acordo com esta visão, o ser humano é formado pelo sistema neurossensorial (sistema nervoso e órgãos dos sentidos – bases para o pensamento), sistema rítmico (circulação e respiração – bases para o sentimento) e sistema metabólico-locomotor (metabolismo e aparelho locomotor – bases para a vontade e a ação). (7) (8)

Ainda dentro dos conceitos antroposóficos da dinâmica vital, considera-se que a vida ocorre em sete níveis biológicos: vida dos sentidos, dos nervos, da respiração, da circulação, do metabolismo, do aparelho locomotor e da reprodução. (9) 

Também são caracterizados sete processos vitais (respiração, aquecimento, nutrição, secreção, manutenção, crescimento e geração) e doze sentidos (tato, sentido vital, sentido do movimento, sentido do equilíbrio, olfato, paladar, visão, sentido térmico, audição, sentido da palavra, sentido do pensamento e sentido do ‘eu’ do outro). (10)

Os fundamentos da medicina antroposófica definem saúde como a harmonia rítmica entre os elementos constitutivos do ser humano. (11) (12) A doença é um processo fisiológico deslocado no tempo, no espaço ou em intensidade e se caracteriza como predomínio de uma tendência: neurossensorial ou metabólico-motora. 

Na visão antroposófica, doença não é o contrário de saúde. Os obstáculos na vida, inclusive as enfermidades, são vistos como úteis à individualidade em desenvolvimento.[6] Dessa forma, não se fala em ‘combater’ a doença, mas sim em superá-la. Supõe-se que o processo da enfermidade traga como consequência um aprendizado ao indivíduo.

O sistema diagnóstico da antroposofia como racionalidade médica leva em consideração os mesmos itens da medicina convencional (anamnese, exame físico, exames complementares) acrescidos dos diagnósticos da estrutura quaternária e ternária, do temperamento do paciente (que mostra sua maneira de reagir e suas tendências a adoecimento) e de uma análise de sua biografia, trazendo os acontecimentos mais importantes dos diversos setênios com seus arquétipos, para situar o surgimento da doença em uma determinada fase da vida. 

Através da caracterização de sete arquétipos, também se pode estabelecer o diagnóstico da tipologia predominante da pessoa e do processo patológico pelo qual eventualmente ela passa.

O sistema terapêutico da antroposofia aplicada à saúde determina que o fundamento de todo ato de curar não segue a ideia de uma reparação, mas a do desenvolvimento.[6] Os princípios norteadores do cuidado antroposófico são: reconhecer a autonomia e a dignidade do paciente. 

A autorresponsabilidade é incluída e os objetivos terapêuticos passam por estimular diferentes formas de autocura — estimular a higiogênese (criar uma regulação autonômica coerente do organismo) (13) e salutogênese (criar uma autorregulação psicoemocional e espiritual coerentes) (14). 

Os tratamentos não pretendem apenas restaurar uma condição de saúde anterior, uma “restituição ad integrum”, mas estimular um novo nível de equilíbrio do organismo e a força interior do indivíduo. (6)

Como recursos terapêuticos, dispõem-se de:

  • medicamentos antroposóficos dinamizados e fitoterápicos (de uso interno, externo e injetável); 
  • aplicações externas (fricções, compressas, hidroterapia, banhos medicinais, enfaixamentos); massagem rítmica; 
  • euritmia terapêutica; 
  • nutrição antroposófica; 
  • aconselhamento biográfico; 
  • psicoterapia; 
  • arteterapia; 
  • cantoterapia; 
  • quirofonética; 
  • odontologia integral antroposófica; 
  • reorganização neurofuncional,; 
  • pedagogia terapêutica; 
  • além do estímulo à meditação e ao exercício retrospectivo. 

Os medicamentos antroposóficos estão regulamentados pela Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa (RDC) nº 26, de 30 de março de 2007. “

A medicina antroposófica, portanto, utiliza uma abordagem integral. Ao invés de focar em um dado patológico único, o objetivo é fortalecer toda a constituição do paciente doente, levando em conta todas as dimensões: física, emocional, mental, espiritual e social. 

Os tratamentos, portanto, muitas vezes são multimodais. Eles são adaptados individualmente na tentativa de sinergizar os efeitos dos diferentes componentes terapêuticos e, assim, aumentar as chances de melhora da saúde. Tal tratamento é concebido como um sistema terapêutico. (15) (16) (17) (18)

A tradição das ciências naturais e da medicina convencional é uma base geral para a prática e pesquisa da antroposofia aplicada à saúde. 

A pesquisa empírica é valorizada como na medicina convencional, sendo também empregada a metodologia fenomenológica goetheana no estudo da anatomia, fisiologia, bioquímica, patologia, epidemiologia assim como na compreensão do processo terapêutico. (19) (20) Recentemente, a medicina antroposófica foi avaliada de acordo com 11 critérios propostos pela filosofia da ciência contemporânea (comunidade, domínio, problemas, objetivos, base axiomática, base conceitual, qualidade dos conceitos, metodologia, base deôntica, produtos de pesquisa e tradição), cumprindo todos. (21)

Modalidade
Profissional, pré-requisitos para a formação e certificação
Formação e Atuação
Medicina Antroposófica
Médicos com inscrição no CRM ou acadêmicos dos últimos períodos;
Pós-graduação. Abordagem médica convencional ampliada pelos conceitos antroposóficos. Ensino e pesquisa.
Enfermagem Antroposófica
Enfermeiros com inscrição no COREN
Pós-graduação. Abordagem de enfermagem convencional ampliada pelos conceitos antroposóficos. Ensino e pesquisa.

Farmácia Antroposófica

Farmacêuticos habilitados pelo CFF
Pós-graduação. Concepção, desenvolvimento e produção de medicamentos antroposóficos. Ensino e pesquisa. Farmácia antroposófica constitui uma especialidade junto ao Conselho Federal de Farmácia (CFF).
Odontologia Antroposófica
Cirurgiões-dentistas habilitados pelo CFO
Pós-graduação. Abordagem odontológica convencional ampliada pelos conceitos antroposóficos. Ensino e pesquisa. A Odontologia antroposófica é reconhecida pelo CFO como área de atuação
Psicologia Antroposófica
Psicólogos habilitados pelo CFP
Pós-graduação. Psicologia e psicoterapia ampliadas pela antroposofia. Ensino e pesquisa.
Massagem Rítmica e Terapias Externas Antroposóficas
Profissionais com formação na área da saúde.
Pós-graduação. Aplicação dos princípios e recursos da massagem rítmica. Ensino e pesquisa.
Terapia Artística Antroposófica
Profissionais com formação artística ou médica prévia e, também, candidatos à formação exclusiva em terapia artística antroposófica
Pós-graduação ou formação básica. Aplicação dos princípios e recursos da terapia artística antroposófica. Ensino e pesquisa.
Cantoterapia
Profissionais com formação musical ou em musicoterapia
Pós-graduação. Aplicação dos princípios e recursos da cantoterapia antroposófica. Ensino e pesquisa.
Musicoterapia
Profissionais com formação musical ou em musicoterapia
Pós-graduação. Aplicação dos princípios e recursos da musicoterapia antroposófica. Ensino e pesquisa.
Euritmia Terapêutica
Ensino médio completo
Formação completa. Aplicação dos princípios e recursos da euritmia terapêutica. Ensino e pesquisa.
Nutrição Antroposófica
Nutricionistas habilitados pelo CFN e médicos habilitados
Pós-graduação. Abordagem nutricional/nutrológica convencional ampliada pelos conceitos antroposóficos. Ensino e pesquisa.

1 CRM: Conselho Regional de Medicina

2 COREN Conselho Regional de Enfermagem

3 CFF: Conselho Federal de Farmácia

4 CFO: Conselho Federal de Odontologia

5 CFP: Conselho Federal de Psicologia

6 CFN: Conselho Federal de Nutrição

Mais informações em:

Referências Bibliográficas

  1. Gardin, NE. Fundamentos da antroposofia aplicada à saúde. São Paulo : Liber Vitae, 2021.
  2. Lindenberg, C. Rudolf Steiner, a Biography. Great Barrington, MA : SteinerBooks, 2012.
  3. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Portaria Nº 1.600, de 17 de julho de 2006. Aprova a constituição do Observatório das Experiências de Medicina Antroposófica no Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília, DF. : s.n., 2006.
  4. Ministério da Saúde. Glossário Temático – Práticas Integrativas e Complementares Em Saúde. Brasília, Brasil : Ministério da Saúde, 2018.
  5. Luz, MT and Afonso, VW. A medicina antroposófica como racionalidade médica e prática integral de cuidado à saúde: estudo teórico-analítico e empírico. Juiz de Fora, MG : UFJF, 2014.
  6. Kienle GS, Kiene H, Albonico HU. Anthroposophic medicine: effectiveness, utility, costs, safety. . Stuttgart, NY : Schattauer Verlag, 2006.
  7. Vogel, L. Der dreigliedrige Mensch. Dornach : Verlag am Goetheanum, 2005.
  8. Steiner, R. Wesensglieder und Dreigliederung. In:Anthroposophische Leitsätze (32-34). Dornach 1925. Der Merkurstab. 4, 2007, Vol. 38.
  9. Fintelmann, V. Médecine intuitive. . Paris : Aethera, 2005.
  10. Steiner, R. Os doze sentidos e os sete processos vitais. 4ª ed. São Paulo : Antroposófica, 2012.
  11. Steiner, R. Spiritual science and medicine (1920) . Forrest Row, UK : Rudolf Steiner Press., 1989.
  12. Steiner R, Wegman I. Fundamentals of therapy (1925). Forrest Row, UK : Rudolf Steiner Press, 1967.
  13. PH., Heusser. Akademische Forschung in der Anthroposophischen Medizin Beispiel Hygiogenese: Natur- und geisteswissenschaftliche Zugänge zur Selbstheilungskraft des Menschen. Bern, Switzerland. : Peter Lang AG, 1999.
  14. A., Antonovsky. Salutogenese . Tübingen, Germany : Dgvt Verlag, 1997.
  15. M., Girke. Medicina interna. Fundamentos e conceitos terapêuticos da medicina antroposófica. 2ª ed. Belo Horizonte, Brasil : Associação Brasileira de Medicina Antroposófica, 2020.
  16. Medicine, Institute of. Integrative medicine and the health of the public: a summary of the February 2009 summit . Washington, DC : The National Academies Press, 2009.
  17. Söldner, G. and Stellman, HM. Individual Paediatrics: Physical, Emotional and Spiritual Aspects of Diagnosis and Counseling –Anthroposophic-homeopathic Therapy, Fourth Edition. Boca Raton, FL : Taylor & Francis Group, 2014.
  18. Kienle GS, Albonico HU, Baars E, Hamre HJ, Zimmermann P, Kiene H. Anthroposophic medicine: an integrative medical system originating in europe. Glob Adv Health Med. 2013, (6) 20-31.
  19. Steiner, R. Grundlinien einer Erkenntnistheorie der Goetheschen Weltanschauung. Dornach, Switzerland : Rudolf Steiner Verlag, 2015.
  20. Steiner, R. Einleitungen zu Goethes Naturwissenschaftlichen Schriften. Dornach, Switzerland : Rudolf-Steiner-Verlag, 1987.

Baars, EW., et al. An assessment of the scientific status of anthroposophic medicine, applying criteria from the philosophy of science. Complementary Therapies in Medicine. 2018, (40) 145-1510, https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0965229917308804.

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