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Conceito Comitê de Produtos Naturais

Comitê de Produtos Naturais: conceito

A utilização de produtos naturais no cuidado à saúde é uma prática tão antiga quanto à civilização humana. Esses produtos são representados pelos reinos animal, mineral e vegetal e, independente da natureza do recurso terapêutico, eles procuram estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde. 

O isolamento e o estudo de substâncias naturais têm sido objeto de estudo das ciências químicas e biológicas, uma vez que a natureza é fonte da maioria das substâncias orgânicas conhecidas. Os derivados de plantas constituem uma das fontes mais importantes de novas substâncias utilizadas diretamente como agentes medicinais. 

Como exemplos podemos citar os alcalóides de Cinchona, Vinca e  Papaver, os salicilatos, os opióides dentre tantos outros. O isolamento e a determinação estrutural de substâncias orgânicas produzidas pelo metabolismo secundário de organismos vivos têm importância fundamental para o desenvolvimento científico da química de produtos naturais e contribuem para o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos para o tratamento de diferentes patologias. 

Dentre as 29 práticas integrativas e complementares em saúde (PICS) institucionalizadas no Sistema Único de Saúde do Brasil por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, os produtos naturais podem ser encontrados em 12 PICS: apiterapia, aromaterapia, ayurveda, geoterapia, homeopatia, antroposofia aplicada à saúde, medicina tradicional chinesa (MTC), naturopatia, ozonioterapia, fitoterapia, terapias florais, e termalismo (1). 

O sucesso e avanço da utilização destas terapêuticas têm despertado políticas de incentivo e promoção das práticas integrativas, fazendo necessária a catalogação das evidências científicas de uso seguro, no intuito de subsidiar documentalmente tais estratégias, além da promoção de estudos colaborativos.

Os principais desafios enfrentados pelos países membros da Organização Mundial de Saúde na consolidação e aumento do acesso às práticas são a falta de dados de pesquisa científica e mecanismos de monitoramento de segurança das práticas integrativas e complementares (2). Neste âmbito, torna-se essencial e urgente inventariar as pesquisas já realizadas na área de produtos naturais e incentivar novos estudos.

Referências

  1. Saúde BM da SS de A à. PNPIC: Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares TT  – PNPIC: National Policy on Integrative and Complementary Practices [Internet]. 2018. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/politica_nacional_praticas_integrativas_sus_folder.pdf.
  2. WHO. WHO global report on traditional and complementary medicine 2019. WHO; 2019.
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