As Terapias Externas Antroposóficas (TEAn) representam uma abordagem terapêutica baseada nos princípios da Antroposofia, que busca integrar corpo, mente e espírito no cuidado à saúde. Em 2025, a cidade de Recife (PE) tornou-se um dos principais cenários para a implantação dessas práticas no Sistema Único de Saúde (SUS), marcando um novo capítulo na ampliação das Práticas Integrativas e Complementares (PICS) no Brasil.

A Iniciativa em Recife

Em janeiro de 2025, foi iniciada em Recife a fase de pesquisa sobre a efetividade das Terapias Externas Antroposóficas, envolvendo 17 profissionais de saúde capacitados pela Associação Brasileira de Enfermagem Antroposófica (ABEA). Sob a coordenação das enfermeiras Vera Macedo e Profa. Alexsandra Nascimento , a iniciativa foi realizada em parceria com o CABSIN, a Universidade de Pernambuco (UPE) e a Secretaria Municipal de Saúde de Recife com o apoio de parceiros como o Instituto MAHLE.

O estudo busca avaliar os benefícios das TEAn em 14 unidades básicas de saúde, focando em usuários do SUS nos primeiros meses de 2025. Além disso, integra um projeto multicêntrico envolvendo a Fiocruz do Distrito Federal e a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, consolidando o caráter colaborativo e científico da iniciativa do CABSIN.

O que são as Terapias Externas Antroposóficas?

As TEAn utilizam técnicas como massagens, compressas e aplicações de substâncias naturais (vegetais, minerais e animais) sobre a pele, com o objetivo de estimular os processos de autocura e promover o equilíbrio do organismo. Essas práticas são reconhecidas por auxiliarem no manejo de condições agudas e crônicas, incluindo transtornos psíquicos e sintomas físicos como dor e febre. Além de oferecer um cuidado humanizado, as TEAn seguem os princípios da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), instituída pelo Ministério da Saúde em 2006.

Experiências em Outras Cidades

As iniciativas de TEAn no Brasil têm se expandido para diversas regiões, com destaque para São Paulo e Brasília, onde cursos pioneiros foram realizados, abrindo caminho para a integração dessas práticas ao SUS.

Curso em São Paulo (SP)

Em outubro de 2023, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, em parceria com o CABSIN, promoveu um curso no Centro de Referência PICS Bosque da Saúde, capacitando 40 profissionais de saúde. A formação incluiu aulas teóricas e práticas sobre Antroposofia e TEAn, além de estudos que avaliam a custo-efetividade das intervenções no SUS. O programa destacou técnicas como compressas, cataplasmas e escalda-pés, voltadas para aliviar sintomas como ansiedade, insônia e dores crônicas.

Sob a liderança do Dr. Ricardo Ghelman, médico antroposófico com mais de 30 anos de experiência, e das enfermeiras Valeria Tiveron, Mônica Melo e Rosângela Mesquita, o curso reforçou o compromisso de multiplicar as práticas na rede pública de saúde. O financiamento foi garantido pelo Instituto Mahle, evidenciando o apoio de entidades filantrópicas na promoção das PICS.

Curso em Brasília (DF)

Brasília também se destacou com a conclusão, em novembro de 2023, do Curso de Aperfeiçoamento em TEAn, uma iniciativa da Fiocruz-Brasília em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e teve apoio do CABSIN apenas na fase da pesquisa. A formação visou capacitar profissionais para integrar as TEAn nos três níveis de atenção à saúde no SUS. Durante a cerimônia de formatura, o Dr. Ricardo Ghelman destacou a importância da avaliação da efetividade das intervenções como forma de trazer indicadores para gestores para sustentar políticas públicas informadas por evidências no SUS.

Entre as práticas ensinadas, os participantes tiveram contato com os efeitos terapêuticos de óleos essenciais e compressas quentes. O curso foi financiado por uma emenda parlamentar da Deputada Érica Kokay, reforçando a importância de investimentos públicos para viabilizar iniciativas inovadoras.

Sob a liderança do Dr. Ricardo Ghelman, médico antroposófico com mais de 30 anos de experiência, e das enfermeiras Valeria Tiveron, Mônica Melo e Rosângela Mesquita, o curso reforçou o compromisso de multiplicar as práticas na rede pública de saúde. O financiamento foi garantido pelo Instituto Mahle, evidenciando o apoio de entidades filantrópicas na promoção das PICS.

O Papel do CABSIN na Coordenação da Pesquisa

As iniciativas em Recife, São Paulo e Brasília fazem parte de um esforço coordenado pelo Consórcio Acadêmico Brasileiro de Saúde Integrativa (CABSIN) para integrar as Terapias Externas Antroposóficas (TEAn) na rede pública de saúde. Por meio do Comitê de Medicina Antroposófica, o CABSIN tem liderado pesquisas e formações, contribuindo para a ampliação das PICS no Brasil.

A pesquisa multicêntrica em andamento tem o potencial de consolidar evidências sobre os benefícios das TEA, auxiliando gestores e profissionais de saúde na implementação de tratamentos baseados em evidências científicas. Essa abordagem reforça o compromisso do CABSIN em promover um sistema de saúde mais humanizado e integrado.

Acompanhe as Iniciativas do Comitê de Medicina Antroposófica

Para mais informações sobre as ações do Comitê de Medicina Antroposófica do CABSIN, acesse: https://cabsin.org.br/comite-de-antroposofia. Acompanhe as novidades e participe da construção de um futuro mais integrativo na saúde pública brasileira.