Estudos sobre plantas medicinais brasileiras, aromaterapia, apiterapia, homeopatia, ventosaterapia e moxabustão são sistematizados em projeto científico inovador

Mapeamento das evidências clínicas em Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas resultam em achados científicos importantes de seis modalidades de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, aproximando a ciência da gestão em saúde e servindo de base para a implementação das práticas integrativas e complementares como política pública.

Redação e Edição: Katia Machado

Revisão Científica: Ricardo Ghelman, Caio Portella e Gelza Matos Nunes

Plantas Medicinais brasileiras, Aromaterapia, Apiterapia, Homeopatia, Ventosaterapia e Moxabustão. Essas são as temáticas dos seis novos Mapas de Evidências Clínicas da Efetividade Clínica em Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas (MTCI), baseados em revisões sistemáticas dos estudos clínicos controlados. Os seis novos trabalhos científicos somam-se a outros 12 mapeamentos sobre as práticas integrativas e complementares em saúde (PICS), que foram publicados entre 2020 e 2021, totalizando 18 Mapas de Evidências da Efetividade Clínica das PICS, como resultado da parceria entre o Consórcio Acadêmico Brasileiro de Saúde Integrativa (CABSIN), o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde da Organização Pan-Americana da Saúde (Bireme/OPAS/OMS) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com apoio da Coordenação Nacional das Práticas Integrativas e Complementares de Saúde do Ministério da Saúde

Os Mapas caracterizam-se pela sistematização, identificação, descrição e caracterização da produção científica relativa a recursos terapêuticos integrativos que fazem parte da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) do Sistema Único de Saúde (SUS), a partir de uma ampla busca sistemática de documentos nas principais bases de dados, realizada por pesquisadores especialistas nas temáticas.

“Os mapas de evidências são uma base qualificada de pesquisas categorizadas e qualificadas, que servem para que gestores e trabalhadores possam implementar as PICS no SUS, considerando desfechos e condições clínicas específicas, seja na organização das linhas de cuidado, dos serviços e programas de saúde ou na prática clínica, de forma a ampliar a resolutividade do cuidado ofertado à população”, atenta a coordenadora técnica do Projeto Evidências Científicas das PICS na Fiocruz, Joseane Costa.

Política Pública das PICS

Visando aproximar a ciência da gestão e apoiar profissionais, pesquisadores da saúde e tomadores de decisão, o projeto fornece subsídios às políticas públicas de saúde no Brasil. Segundo Costa, este projeto demonstra que as pesquisas documentais contribuem para o levantamento das evidências das PICS, fazendo-se modelo estratégico de orientação para a tomada de decisão nesse campo e fortalecendo as Políticas Nacionais de PICS e de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.

A parceria entre as instituições, referências no campo da saúde no Brasil e nas Américas, encontra justificativa pela importância de unir as especificidades de cada uma.

“O Ministério da Saúde é o gestor da PNPIC e demandante deste projeto, entendendo que as evidências científicas têm impacto para a efetivação da política. A Fiocruz, a partir do escritório de projetos de sua Presidência, por sua vez, tem o objetivo de gerir e executar o projeto. A Bireme, que foi a instituição que selecionou e adaptou a metodologia canadense 3ie de construção dos mapas de evidências e lacunas de evidência, ajuda na coordenação do avanço metodológico e alinhamento dos pesquisadores, além de divulgar os Mapas na Biblioteca Virtual de Saúde das Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas das Américas (BVS MTCI). Os detalhes metodológicos foram publicados na Revista Panamericana de Saúde Pública. Já o CABSIN reúne os pesquisadores especialistas em PICS, contribuindo com o levantamento e a sistematização das pesquisas e a análise dos desfechos clínicos dos Mapas, além de desenvolver um banco de dados reunindo todas informações”, detalha a coordenadora do projeto na Fiocruz. 

O pesquisador naturólogo e vice-presidente do CABSIN, Caio Fábio Schlechta Portella, destaca os desafios da sistematização:

“O primeiro é encontrar os termos que têm problemas de indexação, uma vez que as palavras-chave que são utilizadas na estrutura da ferramenta de busca carecem de uma padronização adequada. O segundo desafio diz respeito ao fato de uma mesma prática poder estar registrada com muitos nomes diferentes, para superar essa questão, são necessários especialistas na área para desenhar a estratégia de busca”.

Ele explica que sistematizar dados científicos e, consequentemente, traduzi-los em evidências científicas, implica muitas etapas, incluindo seleção, extração de dados, classificação, revisão, avaliação de qualidade e a elaboração da interface visual dos dados, e exige ferramentas tecnológicas específicas.  

Pesquisador e presidente do CABSIN, o médico e pós-doutor em Neurociência na área de Dor e Antroposofia, Ricardo Ghelman, detalha o trabalho: “A reunião dos resultados dos mapas de evidência, em um banco de dados no sistema RedCap, agrupando todas as intervenções em desfechos clínicos, permite a geração de novos mapas de evidência de interesse da Saúde Pública, baseados nos benefícios do conjunto das PICS, para condições clínicas de interesse prioritário, como enfermidades crônicas não transmissíveis”.  

Um primeiro bloco de 12 mapas de evidência se concentrou em sete PICS: três mapas do sistema médico complexo da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), com destaque para Acupuntura, Auriculoterapia e Práticas Corporais; três mapas referentes às plantas medicinais para saúde mental e qualidade de vida, doenças crônicas e dor e alterações metabólicas; dois mapas da Ozonioterapia, tanto médica quanto bucal; e quatro mapas das práticas integrativas não-farmacológicas, entre elas da Meditação, da Yoga, da Shantala e da Reflexologia.

Já dos seis novos mapas, três são dedicados aos produtos naturais – plantas medicinais brasileiras, apiterapia e aromaterapia – e três referem-se a sistemas médicos complexos, a citar a Medicina Tradicional Chinesa, com as práticas do moxabustão e das ventosas, e a Homeopatia. “Considerando as 758 revisões sistemáticas identificadas nos seis novos mapas de evidência e mais as 888 revisões sistemáticas do primeiro grupo de 12 mapas, retirando as duplicidades, chegamos ao número de 1.545 revisões  analisadas, sistematizadas e incluídas no banco de dados dos 18 mapas de evidência”, calcula Ghelman.

 

Plantas medicinais brasileiras

O mapeamento das plantas medicinais brasileiras, baseado em 215 revisões sistemáticas, concentrados majoritariamente nos Estados Unidos (54), Irã (50) e China (33), foi dividido em quatro grupos, de acordo com sua origem: nativas (8), cultivadas (36), introduzidas (11) e exóticas (15). Dentre as plantas nativas, destaca-se a Centella asiatica, que apesar do nome é nativa do Brasil e foi estudada em três revisões sistemáticas. Essa planta, também chamada de Gotu Kola na medicina indiana, é rica em ácido asiático, flavonóides, carotenóides, vitamina C, vitamina B e antioxidantes, possuindo propriedades anti-inflamatória, bactericida, estimulante e ajuda a melhorar a circulação sanguínea.

A intervenção mais pesquisada foi a “Gingko biloba, segundo a farmacêutica industrial e professora de Fitoterapia, Bettina Monika Ruppelt, coordenadora deste levantamento. Esta planta medicinal, bastante rica em flavonóides e terpenóides, tendo assim uma forte ação anti-inflamatória e antioxidante, aparece em 47 revisões sistemáticas, resultando em desfechos positivos quanto ao desempenho cognitivo, à esquizofrenia e à demência.

“A Ginkgo biloba mostrou-se também eficaz nas áreas de dermatopatias, manifestações urológicas e distúrbios menstruais. Mas esses resultados carecem de mais pesquisas”, denota Bettina.

Os resultados identificados no Mapa das Plantas Medicinais brasileiras foram divididos em 18 grupos: Bem-Estar, Vitalidade e Qualidade de Vida, Câncer, Cicatrização, Doenças Crônicas não Transmissíveis, Doenças Infecto-contagiosas, Doenças Nutricionais e Metabólicas, Doenças Não transmissíveis, Dor, Gestão, Indicadores Mentais, Indicadores Metabólicos e Fisiológicos, Indicadores Psicológicos e Comportamentais, Saúde Bucal, Saúde Mental, Saúde Reprodutiva, Serviços de Saúde, Terapêuticas, Outros. Os desfechos – ou resultados na saúde – mais comuns registrados foram: diabetes mellitus, demência e transtornos de ansiedade, entre as áreas com maior concentração de desfechos: Neurologia, Indicadores de Saúde e Vitalidade e Psicologia/Psiquiatria.

Aromaterapia

O mapeamento científico da aromaterapia, prática milenar baseada em concentrados complexos, voláteis e de fragrâncias variáveis, extraídos de vegetais, como flores, folhas, frutos e raízes, ou seja, nos chamados óleos essenciais, apresenta uma visão geral das evidências desta prática para saúde mental, indicadores metabólicos e fisiológicos, dor, saúde reprodutiva, bem-estar, vitalidade e qualidade de vida, doenças crônicas não transmissíveis, doenças infecto-contagiosas, saúde bucal, indicadores psicológicos e comportamentais, câncer e cicatrização. 

Do total dos 183 revisões sistemáticas sistematizadas, foram identificados efeitos positivos e potencialmente positivos relacionados à saúde mental/transtorno de ansiedade/indicadores psicológicos e comportamentais (75 intervenções), dor (32 intervenções), bem-estar/vitalidade/qualidade de vida (20 intervenções), indicadores metabólicos e fisiológicos (24 intervenções) e saúde reprodutiva (14 intervenções), entre outras (20 intervenções). “O trabalho constatou resultados majoritariamente positivos, com insignificantes efeitos colaterais, para alívio de vários tipos e topografias de dores, tratamento do transtorno de ansiedade, sintomas da menopausa, como os fogachos, melhora da qualidade de vida, da qualidade do sono, dos sintomas de agitação e demência do idoso, tratamentos das inflamações no âmbito

 odontológico, dentre outros”, descreveu a química e doutora em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e coordenadora deste mapeamento científico, Adriana Nunes Wolffenbuttel. 

O Mapa da Aromaterapia identifica 77 óleos essenciais com fins terapêuticos, para várias condições de saúde, entre os quais destacaram-se o óleo da lavanda verdadeira (Lavandula angustifolia), da Rosa damascena, do Tea Tree (Melaleuca alternifolia), do Eucalipto (Eucaliptus globulus) e do Alecrim (Rosmarinus officinalis). Mas foi o óleo essencial de Lavandula angustifolia o mais presente nas investigações, sendo aplicado por inalação ou massagem, para os desfechos do grupo de saúde mental, em especial para transtorno de ansiedade e qualidade do sono, dor no parto, alívio da dor e hipertensão arterial.

“Este levantamento se mostrou bastante heterogêneo e isso se deve às infinitas possibilidades de intervenções terapêuticas, cujo foco principal é a pessoa como um

 ser integral e único, sem deixar de atender os desfechos ou diretrizes sobre a prática”, apontam as pesquisadoras responsáveis pela construção do mapa, Adriana Nunes Wolffenbüttel, Lissandra Zanovelo Fogaça, Priscilla Araújo Duprat de Britto Pereira e Vívian Angélica dos Santos Malva. 

Apiterapia

O Mapa da Apiterapia apresenta uma visão geral das evidências sobre os efeitos dessa prática integrativa que utiliza produtos provenientes de abelhas, como mel, própolis, geleia real e o veneno desses insetos para o tratamento de diversos males, e foi incluído na PNPIC em 2018. O mapeamento, realizado por um grupo de pesquisadores da área, entre eles Erika Cardozo Pereira, que coordenou o trabalho, Rilkaelle Gomes de Melo Cerqueira, Andreza Beatriz Ellero, Mikhael de Mattos Marques, Daniel Gallego, Verônica Abdala, Ricardo Ghelman, Caio Fabio Schlechta Portella e Mariana Cabral Schveitzer, inclui 51 estudos de revisão sistemáticas.

As pesquisas, provenientes da Índia (28 estudos), Egito (18 estudos), Irlanda (17 estudos), Paquistão (16 estudos), Canadá (13 estudos), Estados Unidos (10 estudos), Brasil (10 estudos) e China (10 estudos), analisam as evidências clínicas da apiterapia para as seguintes intervenções: mel, própolis, apitoxina, pólen e geleia real.  O mapeamento mostra que o mel se mostrou eficaz em casos de cicatrização, indicadores metabólicos e fisiológicos, doenças infecto-contagiosas, saúde bucal, dor, bem-estar, vitalidade e qualidade de vida. 

A maioria das evidências diz respeito à intervenção com mel usada em casos de mucosite, ou seja, inflamação da mucosa da cavidade oral e faringe que pode levar a feridas e úlceras dolorosas na região, conforme estudado em 16 revisões, além de oito estudos de revisão para feridas em geral. 

A segunda intervenção mais estudada foi o própolis, resina produzida pelas abelhas a partir da coleta de várias substâncias com propriedades terapêuticas. O própolis mostrou-se eficaz nos casos de mucosite e placa dentária, em quatro e três revisões analisadas, respectivamente. Segundo a coordenadora do mapa de evidências, foram identificados efeitos positivos relacionados às intervenções mel, própolis, apitoxina e pólen, principalmente para desfechos relacionados ao câncer, à cicatrização, à dor, a doenças infecto-contagiosas, aos indicadores metabólicos e fisiológicos e à saúde bucal, em 39 revisões. Quanto aos efeitos potencialmente positivos da apiterapia, os pesquisadores elencam os casos de infecção cutânea e subcutânea, cicatrização, tosse, herpes labial e genital, especialmente relacionados ao mel, e, relacionados ao própolis, para o tratamento de placa dentária e gengivite. 

Homeopatia

Construído com base na seleção e análise de artigos publicados entre 1991 e abril de 2021, o Mapa da Homeopatia traz 51 trabalhos científicos sobre esta racionalidade médica, criada no fim do século XVIII, pelo médico alemão Samuel Hahnemann (1755-1843), dos quais 89% corresponderam às práticas comumente aplicadas na homeopatia clássica (tratamento individualizado ou semi-individualizado, formulações magistrais ou complexos, isoterápicos, homeopatia clínica) e 11% corresponderam à prescrição de formulações homeopáticas comerciais, preparadas em laboratórios farmacêuticos e com marca registrada. Vale destacar que o “tratamento individualizado” é entendido como livre escolha pela metodologia do simillimum (medicamento que apresente maior similitude com o indivíduo tratado) pelo clínico, com base na observação do paciente, enquanto o “tratamento semi-individualizado” é aquele baseado na escolha do simillimum dentro de uma lista pré-definida. A homeopatia clínica, por sua vez, é classificada por sua abordagem terapêutica baseada nos sintomas próprios da condição clínica e não nos relatados do paciente. 

Grande parte dos estudos (45%) apresenta desfechos para as doenças crônicas, infecto-contagiosas e metabólicas. A homeopatia apresentou resultados positivos, segundo o mapeamento, para dor e saúde mental, em 19% dos 51 artigos selecionados, saúde reprodutiva (7%), saúde bucal (7%), bem-estar e qualidade de vida (7%). “Sete revisões de alto nível de confiança mostram resultados positivos, após tratamento com medicamentos individualizados, para fibromialgia, otite média, diarreia e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade em crianças (TDAH). O uso de complexo manipulado também apresentou resultado positivo para síndrome pós-menopausa”, revela a professora e doutora Leoni Bonamin, coordenadora do Mapa da Homeopatia.

Moxabustão

Do Mapa da Moxabustão, fazem parte 64 estudos de revisão sistemática, em sua maioria da China, onde ela origina-se, seguida por Coreia do Sul e Itália, que foram categorizados por um grupo de pesquisadores da área de Acupuntura e Medicina Tradicional Chinesa (MTC). Esta prática, também chamada de moxaterapia, é uma técnica de acupuntura que consiste em aplicar calor direta ou indiretamente sobre a pele, através de um bastão enrolado com ervas medic

inais, como a artemísia, por exemplo. Entende-se que o calor aplicado na pele pode liberar o fluxo de energia acumulado em alguns locais do corpo, conhecidos como meridianos, ajudando no tratamento de algumas doenças físicas, como dor nas costas, enxaqueca e artrite, além de auxiliar na recuperação do bem-estar mental.

A maioria das evidências disponíveis está concentrada no grupo das doenças crônicas não transmissíveis, sendo a prática aplicada majoritariamente nos casos de osteoartrite, hipertensão arterial e hérnia de disco e, em menor número, nos casos de constipação e transtorno gastrointestinal.

“Os desfechos mais observados foram osteoartrite, em sete revisões, hipertensão arterial, em cinco 5 revisões, e trabalho de parto, em outras cinco revisões”, lista o grupo de trabalho responsável pela construção do Mapa, formado pelos pesquisadores Fernando Pires de Farias, Hildebrando Sabato, Jorge Kioshi Hosomi, Luciana Kiehl Noronha, Carmen Verônica Mendes Abdala, Ricardo Ghelman, Caio Fabio Schelenta Portela e Mariana Cabral Schveitzer.

Ventosaterapia

A ventosaterapia, prática da Medicina Tradicional Chinesa, é pautada pelo uso de ventosas para estimular a circulação sanguínea em um local definido do corpo, resultando em vasodilatação localizada e, consequentemente, uma maior oxigenação dos tecidos, permitindo a liberação de toxinas do sangue e do músculo com mais facilidade. O Mapa das Evidências da Efetividade Clínica da Ventosaterapia demonstra os benefícios para casos de dor, doenças crônicas não transmissíveis, enfermidades infecto-contagiosas e, ainda, bem-estar e qualidade de vida. 

Foram identificados 27 estudos de revisão sistemática sobre esta prática, em sua maioria da China, de onde surge a terapia há cerca de 3 mil anos atrás, seguido por Irã e Alemanha. 

“A ventosaterapia parece ser benéfica para diversos desfechos em saúde, com destaque para a categoria dor”, salientam os pesquisadores envolvidos na construção do Mapa, Raquel de Luna Antonio, Alan Kornin, Mariana Cabral Schveitzer, Caio Portella, Ricardo Ghelman e Carmen Verônica Mendes Abdala. As principais evidências concentram os efeitos benéficos da ventosaterapia no alívio das dores de coluna cervical, lombar e crônica.